…O Homem era esperto, mas a Morte ainda era mais, pois não era? ...
A Morte, toda sorridente, levava o Homem, mas ele, pelo contrário, não sorria. Estava pasmado, nunca tinha visto um elevador tão grande! Entraram lá, as portas fecharam-se e o elevador começou a andar a alta velocidade.
As portas abriram-se, "e quem é que havia de imaginar como era o Céu ou até o Inferno?", pensou o Homem. Era tudo moderno, cheio de altas tecnologias (o que nem se imaginava existir naquela época). Mas o mais misterioso era uma figura humana com uma auréola na cabeça e uma túnica branca vestida. Eh! Era S. Pedro.
- Olá meu miserável, ouvi falar muito de ti.
- Ai foi? - Perguntou o Homem, cheio de medo.
- Claro. Agora só resta saber se queres ir para o Céu ou para o Inferno.
- Posso escolher?
- Já te disse que sim!
- Está bem, é óbvio que quero ir para o Céu.
- Como queiras.
O Homem entrou por uma porta que se abria sozinha, mas, como para ele havia muita coisa estranha ali, não se incomodou. Ele no início achou uma maravilha, toda a gente gostava dele e tinha tudo o que queria. É verdade que havia muita coisa boa, mas os dias eram monótonos. Ele começou a ficar maluco. Passar quinze anos a fazer sempre a mesma coisa é muito mau, como é lógico. Então ele fugiu do Céu, e foi pedir a S. Pedro para ir para o Inferno.
- Meu senhor! Meu senhor, ajude-me! Eu quero ir para o Inferno! – Suplicou o Homem, exausto.
-À vontade, vai lá.
O Homem foi, mas existia tanta maldade, tanta maldade, que voltou a fugir três anos depois.
- S. Pedro, meu querido amigo, eu quero voltar para o Céu! - exclamou o Homem, desesperado.
Mas para sua surpresa, encontrou a sua comadre a rir-se com S. Pedro.
- Hahaha! - Ria-se a Morte.
- O que estás aqui a fazer?
- Oh! Nada, vim só saber como estava a correr a minha partida.
- Partida? Mas que partida?
- Isto foi tudo uma lição, para que aprendesses a cumprir as tuas promessas.
No final, o Homem voltou para junto da sua família, e nunca mais faltou a uma promessa.
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