Tendo a cigarra em cantigas
Folgado todo o verão,
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brio,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.
- Amiga, - diz a cigarra -
Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos antes de agosto
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
- No verão em que lidavas? -
À pedinte ela pergunta.
Responde a outra: - Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
- Oh, bravo! - torna a formiga
- Cantavas? Pois dança agora!
José Viale Moutinho (org.), 2005. 100 Fábulas de La Fontaine.
Porto: Campo das Letras. Trad. Bocage.
Obrigada, Carolina, pela linda ilustração.
Beijinhos,
Profª de Português
Porto: Campo das Letras. Trad. Bocage.
Obrigada, Carolina, pela linda ilustração.
Beijinhos,
Profª de Português
3 comentários:
A ilustração está giríssima, Carolina!
Quando me lembro da fábula " A Cigarra e a Formiga" penso sempre que na Vida é bom semos um pouco das duas, ou seja, não caírmos em extremos.
Beijinhos e a continuação de boas leituras e de bons trabalhos.
Profª. de HGP
Esse desanho está lindissimo o melhore que eu já vi.
Fábio correia 6º ano
23 de outubro de 2012
Este desenho está muito original.
E como pintaste fica girissimo.
JESSICA ISABEL, 6ªano
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